Cabo Verde deve continuar a investir e a fazer crescer o setor do turismo, aproveitando as infraestruturas já existentes. Contudo, para assegurar empregos sustentáveis, bem como uma renda mínima digna aos cabo-verdianos, o país deve desenvolver novos motores de crescimento económico, com ênfase na construção de uma economia moderna de serviços e das economias verde e azul, baseadas na vantagem estratégica de Cabo Verde, na sua localização geográfica, e na qualidade dos seus recursos humanos.
Para a construção da nova economia, o PAICV dará destaque à economia do conhecimento, mediante, nomeadamente, o desenvolvimento científico e a economia digital. Este último é um setor com um grande potencial, dado, por um lado, a juventude da população de Cabo Verde e, por outro, o investimento já realizado na construção das infraestruturas para as tecnologias de informação e comunicação (TIC), ações essas que permitiram a Cabo Verde estar entre os primeiros em África em governação eletrónica.
O essencial da estratégia do PAICV nesta matéria, consiste na atribuição de recursos a setores da economia que sejam mais dinâmicos, produtivos e com maior potencial como, por exemplo: a criação de um hub logístico para apoiar a indústria petrolífera que está em pleno crescimento na nossa sub-região e o investimento do Estado nas empresas nacionais com capacidade de tirar proveito do enorme potencial de desenvolvimento dos Estados membros da CEDEAO.
Uma parte importante da população cabo-verdiana continua a depender da agricultura. Embora o último governo liderado pelo PAICV tenha reduzido a precariedade do setor com a introdução da irrigação gota-a-gota e a construção de barragens em todo o país, a realidade atual é que esta dinâmica de progresso estagnou.
Há que continuar a captar água. Contudo, dadas as alterações climáticas e os seus impactos, o PAICV apostará numa agricultura inovadora, com foco na adoção de novos métodos que dependam menos da água e da terra e de novas metodologias dos serviços de extensão para apoio aos agricultores.
O PAICV propõe-se aumentar a produção e a produtividade agrícolas, por meio de novos métodos e abordagens, da transformação das áreas rurais em centros vibrantes de atividades agroindustriais e de ecoturismo, e do uso de energias renováveis para dessalinização da água para irrigação.
Merecem toda a atenção do PAICV as muitas associações que emergem do relevante papel da agricultura, seja com a função de contribuir para uma dieta alimentar mais saudável, seja para contribuir para o cultivo de produtos a mais baixo custo, para debelar a inflação.
Assim, na senda da Agenda de Ação da Água das NU (2023), abraçará a transição para sistemas agroalimentares mais eficientes, resilientes, inclusivos e sustentáveis – sistemas que utilizem menos água, produzam alimentos mais nutritivos, criem empregos e apoiem um ambiente seguro e saudável para todos.
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